Design & Arquitetura

Feira de Milão 2025: muito além das tendências — um mergulho global no design e no network

Visitar a maior vitrine do design mundial é mais do que uma atualização profissional: é uma oportunidade estratégica de conexão, inspiração e posicionamento de mercado

Por
Ricardo Caminada

4/30/2025

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Salone del Mobile.Milano 2025  (Foto: Giulia Copercini)

Todos os anos, Milão se transforma na capital mundial do design. A cidade respira criatividade, inovação e tendências durante o Salone del Mobile — a Feira de Milão — que em 2025 reforça seu papel como o evento mais influente do setor de arquitetura, design de interiores e mobiliário. Para quem vive e empreende nesse universo, estar lá deixou de ser apenas um diferencial: tornou-se uma necessidade estratégica.

Mas o que faz da Feira de Milão uma parada obrigatória para arquitetos, designers, empresários e marcas? A resposta vai muito além de conhecer lançamentos ou admirar as grandes instalações das grifes internacionais. A verdadeira riqueza está na vivência completa do ecossistema criativo e no valor inestimável do networking — tanto com o mercado brasileiro quanto com players globais.

O mundo em um só lugar

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Bjarke Ingels, Architect, Founder and Creative Partner Bjarke Ingels Group (Foto: Giulia Copercini)

Participar da Feira de Milão é como condensar o futuro em alguns dias. São centenas de marcas expondo novas ideias, materiais, acabamentos e soluções para o morar, o trabalhar e o conviver. A experiência é sensorial, provocativa e desafiadora — e é justamente isso que impulsiona o pensamento de quem cria.

Mais do que uma vitrine de produtos, a feira é um ponto de inflexão: ali se identificam os movimentos que vão pautar os próximos anos no design. Estilos, cores, conceitos de sustentabilidade, novas tecnologias e formas de habitar são discutidos, testados e celebrados. Quem participa volta transformado — e com o repertório muito mais apurado.

Conexões que movem o mercado

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Ribbon-cutting, Salone del Mobile.Milano 2025 (Foto: Giulia Copercini)

Entretanto, talvez o maior ativo da Feira de Milão seja o networking. O evento é uma oportunidade rara de dialogar com profissionais de todo o mundo, trocar experiências, iniciar colaborações e construir parcerias. Para os brasileiros, isso vale tanto entre os próprios participantes do país quanto nas conexões com nomes e marcas internacionais.

“Estar em Milão é estar no centro das decisões do design global. As conversas que acontecem nos corredores, nas instalações, nos jantares e coquetéis são, muitas vezes, mais importantes do que o que está nos estandes”, comenta um arquiteto que visita a feira há mais de uma década.

Além disso, a visibilidade é um ativo precioso. Marcar presença em Milão posiciona o profissional ou a empresa como atuante no cenário internacional, antenado com as tendências e aberto a novas possibilidades de atuação.

Muito além da feira

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Design Kiosk, Piazza della Scala  (Foto: Ruggiero Scardigno)

A cidade inteira entra no clima. O Fuorisalone, conjunto de eventos paralelos espalhados por Milão, cria uma imersão total em arte, moda, design e cultura. Cada bairro traz uma proposta diferente, ampliando ainda mais a experiência de quem visita. É um roteiro que vai além do profissional — e toca o pessoal e o sensorial

Presença que gera valor

Para o arquiteto ou designer que deseja crescer, inovar e se destacar, estar na Feira de Milão é investir em repertório, conexões e posicionamento. É, também, entender para onde o mundo está indo — e voltar para casa pronto para criar com mais consistência, profundidade e propósito.

Em 2025, mais do que nunca, a Feira de Milão reafirma: o futuro do design se constrói com presença, troca e visão global.

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